ANEL Nacional


Esquerda vence eleição para o DCE da UEM

Bruno Coga e Phillip Natal - ANEL-PR

Durante o dia 24 de novembro, assim como na UFRGS, ocorreram as eleições para o DCE da UEM (Universidade Estadual de Maringá). A vitória da esquerda foi marcada após o imobilismo de dois anos do “O Bonde do Amor”, gestão da UNE (UJS/PCdoB) disfarçada de apartidária e apolítica.
No decorrer deste dia, os estudantes foram às urnas e rechaçaram este projeto de banalização do movimento estudantil que para este ano também trazia em seu conjunto o PT. Ao final do escrutínio, a chapa “Movimente-se UEM” foi declarada eleita com a ampla maioria dos votos, 61% (1517 votos) contra apenas 27% (643) para a chapa “Bonde do Amor – Por mais alteração” (PCdoB/PT) e seus membros e apoiadores seguiram com palavras de ordem como: “Nas ruas, nas praças! Quem disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil!
A “Movimente-se UEM” foi construída por militantes e ativistas de diversos segmentos da esquerda, incluindo a ANEL, e apresentou-se aos estudantes como uma alternativa combativa frente aos problemas de acesso e permanência na universidade. Também incorporou propostas de lutas políticas frente aos ataques que virão acontecer durante o próximo governo do estado (Beto Richa-PSDB) que mesmo antes de assumir já anuncia cortes de verbas para a educação.
Essa vitória demonstra que Movimento Estudantil de Maringá, vanguarda durante a década vigente, ressurge após dois anos, fruto do processo de reorganização. Os estudantes que passaram pela UEM devem lembrar com orgulho da greve de seis meses das instituições de ensino superior estaduais paranaenses em 2001, da luta contra o fechamento dos cursos criados em 2002, da ocupação do restaurante universitário contra o aumento de preço (2004), da ocupação de reitoria contra a reforma universitária, do aumento do espaço físico do RU e Biblioteca (2006) e de todas as lutas nacionais impulsionadas pelo Movimento Caminhando, como a participação na fundação da CONLUTE e ANEL. Agora, uma nova página é virada e que será escrita pelos lutadores da UEM.
Contudo, apesar de divergências internas com alguns setores que compõem a chapa, e de uma pressão, da qual não concordamos, que leve a um funcionamento do Diretório aos moldes de uma “auto-gestão”, temos uma síntese comum que fortalece nossa unidade na ação para o próximo período: Queremos um movimento forte, construído pelos estudantes, que impulsione as lutas estudantis e que traga conquistas no que tange a qualidade da educação brasileira. Seguiremos nos enfrentando quando for necessário, seguiremos construindo a ANEL e deixando em aberto o convite a que venham construí-la, fazendo suas discussões na base estudantil e nas assembléias de gestão. Porém não abandonaremos a unidade constituída neste processo.             



Esquerda vence eleição do DCE da UFRGS

Pedro Silveira - ANEL-RS

No dia 24 de novembro foi anunciado o resultado das eleições para o DCE da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Após um ano de paralisia, a principal entidade estudantil gaúcha está na luta de novo.
Com 2.354 votos, a chapa UFRGS Pública e Popular, que unificou a esquerda na universidade, retomou o DCE para o caminho das lutas. A chapa da direita fez 1.130 votos e a chapa que defende um programa pró-governo obteve 887, mostrando que o discurso de uma universidade perfeita não encontra eco entre os estudantes que vivem a realidade da educação superior pública.
No final de 2009, a esquerda da UFRGS sofreu uma derrota após uma divisão que gerou duas chapas de esquerda. A direita, já organizada há três anos, conseguiu vencer e conquistar a direção do DCE.
O que poderia se tornar uma briga quanto a quem tinha culpa pela derrota da esquerda, tornou-se um movimento coeso de oposição. Já na primeira semana de março, antes de as aulas começarem, os lutadores e lutadoras da universidade se juntavam contra a implementação do projeto do Parque Tecnológico, na trincheira oposta ao DCE, que defendeu o projeto da reitoria. Impedimos que o projeto fosse votado sem discussão.
Durante o ano, diversas foram as lutas em unidade: a convocação dos CEBs, que o DCE não convocou, a formação da Comissão Estudantil de Investigação (que levou a público a corrupção da gestão), as calouradas unificadas etc. Tudo isso culminou em uma grande chapa com 740 apoiadores em toda a UFRGS.
Novamente, a esquerda estava unida em uma eleição para combater tanto a direita quanto o governismo, que havia inscrito uma chapa com bastante força - fato que não acontecia há anos na nossa universidade.
Foram mais de três semanas de muita confusão, tentativas de golpes e mostras de desespero da direita. Quatro membros da comissão eleitoral ligados à direita tentaram de tudo para boicotar e anular as eleições. Porém, nesse momento, se viu a força dos diretórios e centros acadêmicos unidos, que tinham oito membros na comissão eleitoral. Esses, em meio a grandes batalhas dentro da comissão, conseguiram combater os golpes e garantir o pleito.
A direita tentou de tudo. Desde se utilizar da lista de e-mails dos alunos, de que dispõe o DCE, para divulgar que as eleições tinham sido anuladas, que a nossa chapa havia sido impugnada, que a nossa chapa havia supostamente agredido integrantes da comissão eleitoral, até rasgar atas de urnas onde tradicionalmente a esquerda faz muitos votos. Mas os estudantes perceberam a manipulação. Nossa chapa se mobilizou e garantiu que haveria urnas para que os estudantes escolhessem democraticamente a próxima gestão do DCE.
Essa unidade na UFRGS se deu em uma conjuntura de unidade nacional dos setores de oposição ao governo. Foi, sobretudo, alavancada pelo Seminário de Uberlândia. Hoje, já podemos nos orgulhar da vitória em diversos DCEs.
Agora o momento é de reorganizar a casa e mostrar aos 23 mil estudantes da UFRGS que o DCE está junto a eles novamente. Nossa gestão tem condições de entrar para a história com lutas importantes, pois não serão poucos os ataques à educação em 2011. 
O próximo ano será de muito trabalho, mas com a certeza de aproximar ainda mais o DCE dos estudantes e ter uma grande gestão unificada até o fim, para poder vencer com força todas as tarefas que teremos.
       
    

ESTUDANTES EM APOIO AOS PROFESSORES DA FIG

No último dia 07 de dezembro, o Centro Universitário Metropolitano de São Paulo (FIG-Unimesp) foi palco de uma importante manifestação: sem previsão de pagamento de parte do salário de outubro, do salário integral de novembro e do 13° salário, os professores paralisaram suas atividades para a realização de um ato que contou com a solidariedade e apoio de centenas de estudantes.
Diante desse ataque e irresponsabilidade dos Mantenedores da Universidade que tem prejudicado não somente os professores, funcionários e estudantes, a Assembleia Nacional de Estudantes – LIVRE esteve no ato e vem prestar seu total apoio a essa importante luta em defesa dos direitos dos professores da FIG.
Acreditamos que o movimento estudantil e a ANEL, como não poderia deixar de ser, devem marcar presença levando a disposição de luta dos jovens lutadores entendendo também que não só os direitos dos professores estão sendo colocados em xeque mas também o direito a um ensino de Qualidade.
Nessa quinta-feira, dia 09/12 às 19h, está marcado um ato em frente à Universidade para seguir somando forças à mobilização. A ANEL estará mais uma vez presente e seguirá apoiando suas iniciativas convocando o conjunto dos estudantes a se solidarizarem a essa luta!