quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vitória! Estudantes da UFF realizam ato no Conselho Universitário

Vitória! Estudantes da UFF realizam ato no Conselho Universitário

Na manhã desta segunda-feira cerca de 250 estudantes da UFF, de diversos cursos como Serviço Social, Letras, Geografia e outros, ocuparam o conselho universitário (CUV), maior órgão de deliberação da universidade, para exigir o referendo a decisão do plebiscito sobre a gratuidade no ensino. Como não podia ser diferente, estudantes da ANEL estiveram presentes ao ato que foi o ponto alto de toda a construção da campanha desde o plebiscito.

O plebiscito

O plebiscito, uma conquista do movimento unificado (estudantes, técnicos e docentes), estava emperrado pela burocracia universitária desde meados da década de 90 quando se iniciou a discussão pela reformulação do estatuto da universidade. Se beneficiando de brechas no estatuto, elaborado pela ditadura militar, setores oportunistas aproveitavam para instituir na universidade uma verdadeira farra dos cursos pagos, administrados pela obscura Fundação (privada) Euclides da Cunha. Mesmo com toda tentativa de manobra por parte da REItoria, a vitória foi esmagadora: 49 votos contra 4 (localizados entre professores da Escola de Engenharia, o setor mais conservador da universidade).

Este ato foi mais um reflexo da “CAMPANHA NACIONAL PELA QUALIDADE DO ENSINO”, da ANEL. Agora, os estudantes vão se reunir e continuar a mobilização para garantir a implementação da gratuidade plena em todos os cursos da universidade (seja na graduação, na pós...) e para pôr um fim a Fundação Euclides da Cunha e acabar com processo de privatização da educação que teve um novo impulso com os pacotes da autonomia do governo Lula.

“NÃO PAGO, NÃO PAGARIA! EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA!!!”

“AH! EU JÁ SABIA! GRATUIDADE VAI VALER NA ENGENHARIA!!!”

Vinicius Lima,

Estudante de Serviço Social

Coordenador do DAMK

Executiva Estadual da ANEL-RJ

Coletivo Não Vou Me Adaptar – UFF (Construindo a ANEL!)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Plebiscito sobre Gratuidade na UFF

Vitória do SIM! Vitória dos Estudantes!

Coletivo “Não vou me adaptar – UFF”


Há uma semana o movimento estudantil na UFF alcançou uma grande vitória: a campanha pelo SIM no Plebiscito sobre a gratuidade venceu com 86,7% dos votos da comunidade universitária. Um passo fundamental na luta pela educação pública, de qualidade e 100% gratuita!


Plebiscito Oficial sobre a Gratuidade na UFF

O Plebiscito realizado com voto universal da comunidade universitária da UFF foi resultado de anos de luta dos estudantes, professores e funcionários. Em 98 a Assembléia Estatuinte aprovara novo texto para o Estatuto da UFF, e as questões que fossem divergentes de aprovações no Conselho Universitário da UFF (o CUV) iriam a plebiscito com voto universal: foi o caso da gratuidade, que a Estatuinte garantia ser universal em todos os cursos em todos os níveis e modalidades e que o CUV restringia apenas à graduação, mestrado e doutorado.


Desde então o movimento estudantil pressionava para que o Plebiscito sobre a gratuidade saísse do papel e, 10 anos depois, em dezembro 2008, ele foi aprovado pelo CUV após grande luta. A partir daí começou uma campanha pela realização efetiva do Plebiscito e a organização da defesa da gratuidade na UFF, pela transformação de todos os cursos pagos em cursos gratuitos e, assim, mais democráticos. Esta luta desaguou no processo eleitoral, sendo tocada em grande unidade na luta entre ANEL, a Oposição de Esquerda da UNE, o DCE-UFF, CA’s, DA’s, a ADUFF, o SINTUFF e todos os coletivos estudantis da UFF, tudo como parte fundamental da campanha nacional em defesa da qualidade do ensino na UFF, afinal, educação de qualidade, só se for gratuita!


A ANEL, a defesa da gratuidade e de uma alternativa de organização

A ampla vitória do SIM, a expressão em voto da defesa da gratuidade, foi impulsionada por efetiva participação da ANEL na UFF. Nos cursos em que os estudantes livres intervêm mais diretamente, como Geografia, Letras, Serviço Social e Educação Física, a vitória do SIM foi acachapante. O coletivo “Não vou me adaptar – UFF”, que constrói a ANEL, ajudou decisivamente nestas intervenções, e para além, onde pode, em todos os cursos da UFF. Ajudamos a garantir a campanha pelo SIM, com distribuição de materiais, debates e passagens em sala, com os mesários nas votações, enfim, com muita luta!


Tudo isso porque a defesa da gratuidade é parte fundamental de nosso programa em defesa da educação pública e de qualidade. Hoje o governo Lula dá continuidade ao projeto de privatização e precarização das universidades públicas, seguindo a linha dos governos desde a ditadura: a Lei de Inovação Tecnológica, a regulamentação das Fundações Privadas, a permissão do funcionamento de milhares de cursos pagos em todo o país. E o REUNI, que impõe uma expansão sem verbas que pressiona para uma falsa saída: a privatização com alternativa a penúria de recursos e queda na qualidade.


Este projeto precarizante e privatista ataca o acesso dos trabalhadores e estudantes brasileiros a uma educação de qualidade, pois uma limitação econômica de mensalidades restringe enormemente o já elitista acesso a universidade. A privatização, além de excludente, destrói a autonomia universitária, ao colocar sob controle de empresas a produção do conhecimento na universidade que deveria servir a um desenvolvimento autônomo e a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro. E precariza ainda mais a educação como um todo, pois desvia estrutura e recursos humanos das universidades para os cursos pagos – uma fonte descontrolada de enriquecimento ilícito.


Contra este projeto, a ANEL defendeu a partir do plebiscito e da campanha pelo SIM um projeto alternativo: uma educação democrática e de qualidade, que somente pode existir sendo pública e sustentada por verbas públicas, e 100% gratuita. A vitória do SIM na UFF aponta caminhos para nossa luta: localmente, a defesa imediata da implementação da resolução do Plebiscito, numa transição para a total gratuidade nos cursos da UFF e a manutenção destes todos funcionando, com qualidade. E nacionalmente, o fortalecimento da campanha nacional em defesa da qualidade do ensino, que tem como um de seus eixos fundamentais a gratuidade! E da ANEL como alternativa de organização dos estudantes, pois se localmente conseguimos a unidade na luta, é difícil entender porque nacionalmente não estamos juntos, porque a Oposição de Esquerda insiste em construir somente a UNE que defende ostensivamente os projetos do governo que na UFF lutamos para derrotar.


A III Assembléia Estadual da ANEL-RJ deve servir para construir novos passos destes dois caminhos. Ajudar na elaboração dos próximos passos na luta pela gratuidade na UFF, já que a vitória no Plebiscito foi apenas mais um passo, já que não interessa a Reitoria garanti-lo sem pressão dos movimentos. E na luta nacional que estamos tocando, pois a UNE não será capaz de ajudar nestes passos, atrelada que está ao governo e incapaz de contestá-lo em seus projetos fundamentais, como do REUNI e da privatização. Então, idéias na cabeça, e a história na mão: avante, estudantes!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Venha participar da

3° Assembléia Estadual da ANEL RJ!


Aqui em nosso estado, seja na área de segurança, transporte, saúde ou educação, encontramos sérios problemas que nos obrigam a levantar questões e apontar soluções. A cada dia que passa, nos deparamos com mais e mais casos de violência e a trágica resposta armada da polícia e do Sérgio Cabral contra o povo pobre. A situação dos transportes continua na mesma situação deplorável e o preço caríssimo. E a educação se mantém sem verbas (a UERJ recebe pouco mais de 1% do orçamento do estado!) e o Rio é classificado pelo IDEB como o 2º pior rendimento escolar, perdendo apenas pro Piauí.


Para nós da ANEL, todos esses problemas que encaramos no estado do Rio de Janeiro, obviamente, não estão desconectados da situação em que o país se encontra. O governo Lula, apesar de toda a propaganda que se reforça agora na campanha da Dilma, investiu pouco mais de 4% do PIB na educação, e seus projetos educacionais privatizaram as universidades e nos obrigaram escolher entre expansão ou qualidade. Nesse sentido, a última Assembléia Nacional da ANEL, realizada no dia 28 de agosto em São Paulo, pautou a situação atual do país e os desafios que os estudantes brasileiros enfrentarão nesse semestre. Contando com quase 400 estudantes representando 15 estados, foi uma rica discussão e uma ótima preparação para as principais atividades que a ANEL estará encabeçando no próximo período, aprovando uma série de resoluções e calendário de lutas.


Apontamos a necessidade de participação da ANEL no Plebiscito pelo Limite da Propriedade da Terra, construído com a CSP-CONLUTAS, o MST e diversos movimentos sociais, como forma de levantar o tema e discutir profundamente a necessidade de uma verdadeira Reforma Agrária no Brasil, já que os setores governistas não o farão. Também aprovamos a participação da ANEL na Semana de Luta Urbana, organizada pelo MTST (movimento dos trabalhadores sem-teto), além de seguir desenvolvendo e aprofundando a Campanha Nacional em Defesa da Qualidade do Ensino, principal pauta das Calouradas desse semestre.


Entre tantos temas importantes, um deles ganhou destaque. Esta Assembléia Nacional marcou nacionalmente o pontapé inicial para a construção do 1° Congresso da ANEL. Este evento, que ocorrerá em meados de 2011 (2 anos depois do famoso CNE que fundou a ANEL), será de muita importância para a consolidação da nossa entidade. Será o momento de inclusive trazermos estudantes que, hoje, não constróem a ANEL para fazer uma experiência com a entidade e assim ir fortalecendo o novo movimento estudantil que se constrói com independência do governo e muita ousadia e luta. Foi dada a largada para o 1º Congresso, e nós, da ANEL do Rio de Janeiro, também devemos nos armar para construir este importante espaço, que pode ser o marco definitivo da consolidação da ANEL na realidade brasileira.


Para debater todos esses temas e fortalecer o movimento estudantil livre na sua universidade ou escola, participe! Venha construir a ANEL no Rio de Janeiro!


ASSEMBLÉIA ESTADUAL DA ANEL-RJ

DIA 11 de Setembro às 9h

UFF - Instituto de Geociências, Campus da Praia Vermelha