quarta-feira, 31 de março de 2010

Vem aí... 2° Assembleia Nacional da ANEL!

FIQUE LIGADO:
Vem aí...
2° Assembleia Nacional da ANEL
no Rio de Janeiro!!!


http://www.youtube.com/watch?v=gdEK4U2Vf8I

Fonte: http://anelivre.blogspot.com/

segunda-feira, 29 de março de 2010

Todos/as ao CUV desta quarta-feira!!!

TODOS/AS AO CUV!

Dia 31/03, às 9h na Geociências, ato pelo aumento do número das bolsas e pelo fim do novo ENEM!

Concentração às 8h no bandejão

http://twitter.com/naovoumeadaptar/

Mal começa o ano e os estudantes já são chamados a defender nossa universidade. Todos têm acompanhado o desastre do Novo ENEM que o Governo criou para “acabar com o vestibular”. Aulas começaram em todo o país com quase 47% de vagas ociosas. Um absurdo! E além do problema, o “fim do vestibular” é uma farsa. O Novo ENEM faz exatamente o contrário, afunilando ainda mais o acesso as universidades ao unificar os vestibulares, pois a falta de assistência estudantil impede qualquer mobilidade estudantil. E o funil da prova continua: não há vagas para todos. Só o investimento de verbas públicas pode democratizar o acesso a universidade!
Veja a nota publicada pela ANEL em: anelivre.blogspot.com

E na UFF os problemas estruturais continuam, e se aprofundam com o REUNI. Além de ter aderido parcialmente ao absurdo novo ENEM, a Reitoria espalha a notícia sobre novas e mais bolsas para os estudantes. Uma mentira bem disfarçada! O número “cresceu” muito pouco, e o número de alunos cresce vertiginosamente por causa do REUNI. Serão cerca de 2500 bolsas e 47.000 estudantes até 2012! Ao invés de crescer, a proporção de bolsas está diminuindo. E o reajuste do valor, embora importante, ainda é insuficiente, o que se deve é equiparar as bolsas ao valor do salário-mínimo!
Além dos problemas estruturais agravados pelo REUNI, as xerox’s continuam caras e a privatização corre solta. A FEC (Fundação “de apoio” da UFF) rouba dinheiro público, ataca o direito a educação pública e gratuita mantendo cursos pagos na UFF com a conivência da Reitoria! Educação não é mercadoria! Conquistamos o plebiscito dos cursos pagos, temos que ir pra cima para garanti-lo e pôr um fim na privatização!
Todos ao CUV no dia 31/03 (4ª-feira), às 9h na Geociências! Vamos juntos exigir:
· Abaixo o Novo ENEM! A UFF deve romper com esta farsa! Democratização do acesso só com mais verbas públicas! 10% do PIB para a Educação já! · Mais bolsas de verdade na UFF! Equiparação dos valores com o salário mínimo! · Fim dos cursos pagos e da FEC! Educação só pública e GRATUITA!

naovoumeadaptar.uff@gmail.com

segunda-feira, 15 de março de 2010

Nosso jornal!!!

É isso aí galera!
Depois de muito trabalho nosso jornal ficou pronto e já está disponível na versão eletrônica para download.

É o primeiro link aí na barrinha direita do nosso blog. :)

Nesta edição falamos sobre a eleição pra reitoria (que vai ocorrer nesse semestre, fica ligado/a!) redução da quantidade de bolsas (absurdo!), uma passagem pela universidade (e o que rola), uma musiquinha (pq ninguém é de ferro né?), ANEL (vai rolar um panfletinho maneiro junto com o nosso jornal), campanha de solidariedade ao Haiti (O HAITI PRECISA DE COMIDA E REMÉDIOS, NÃO DE TROPAS!), os 100 anos de luta das mulheres trabalhadoras e o novo (?) ENEM...uFFa, boa leitura! :)

sábado, 13 de março de 2010

ESTUDANTES DA UFRGS OCUPAM REITORIA, ENFRENTAM REPRESSÃO E VENCEM PRIMEIRA BATALHA CONTRA O PARQUE TECNOLÓGICO PRIVATIZANTE!

Fonte: http://anelivre.blogspot.com/

ESTUDANTES DA UFRGS OCUPAM REITORIA, ENFRENTAM REPRESSÃO E VENCEM PRIMEIRA BATALHA CONTRA O PARQUE TECNOLÓGICO PRIVATIZANTE!

A manhã de sexta-feira, 05/03, vai ficar marcada como o dia de uma das maiores vitórias do Movimento Estudantil Combativo da UFRGS. A mobilização começou um dia antes, quando cerca de 150 estudantes e militantes do movimento social ocuparam a entrada principal da reitoria, para exigir a retirada da pauta do CONSUN do projeto UFRGS-TEC, o Parque Tecnológico da UFRGS.

O QUE É O PARQUE TECNOLÓGICO DA UFRGS?

O projeto apresentado pela Reitoria no final do passado prevê a construção de um pólo tecnológico, que abrigará incubadoras de empresas privadas dentro da Universidade, ou seja, são os estudantes e professores da UFRGS produzindo ciência e tecnologia para aumentar os lucros de um punhado de empresários e multinacionais. A verdadeira face desse projeto é o aprofundamento do processo de privatização da Universidade Pública, que o Governo Lula e o Banco Mundial já iniciaram com a Reforma Universitária.

Por isso nos colocamos de forma contrária a esse Parque Tecnológico. Para nós Universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e deve estar a serviço, fundamentalmente, da classe trabalhadora, ou seja, deve servir para melhorar a qualidade de vida da população mais pobre, não para corroborar com o lucro das grandes empresas, como planeja a reitoria petista e o DCE da Governadora Yeda.

A REPRESSÃO DA REITORIA E O FIM DA FARSA DO DCE DA YEDA!

Porém, a vitória veio após os estudantes enfrentarem bravamente a maior repressão vista na UFRGS desde os tempos da ditadura. Já na noite de quinta-feira, quando os estudantes e trabalhadores ocuparam a reitoria, o reitor tratou de ir mostrando a sua verdadeira face, deixou todos sem acesso aos banheiros da Universidade. Na manhã de sexta-feira, o que vimos foi um verdadeiro cerco ao Campus Central da UFRGS, carros da Polícia Militar estavam do lado de fora e se comunicavam a todo instante com a segurança da universidade, prontos para “controlar” a situação a qualquer momento. Até que, sob ordem do Reitor Alex, os seguranças federais reprimiram violentamente os estudantes que exigiam mais democracia na Universidade. Mas a resistência foi grande e mesmo com um enfrentamento de quase 10 minutos, os estudantes não deixaram que ninguém entrasse na reitoria, fazendo com que a sessão do CONSUN fosse cancelada.

Enquanto isso, a poucos metros do protesto, estavam os integrantes da gestão recém eleita do DCE, assistindo a tudo como se nada estivesse acontecendo e, além disso, dando risadas. O principal argumento dos integrantes do MEL(Movimento Estudantil Liberdade), durante toda a campanha, era de que o DCE não deveria tomar posição política alguma, deveria se abster dos “fatos externos a nossa Universidade” e “servir” verdadeiramente ao estudante. Porém, os fatos comprovam outra coisa. Encontros com a Governadora corrupta Yeda Crusius, ataque aos centros acadêmicos e agora a conivência com a repressão da reitoria deixam explicito qual é o lado do DCE. O mesmo dos grandes empresários, dos partidos corruptos que os seus integrantes têm ligação (como o PP de Maluf), daqueles que defendem a continuidade da UFRGS elitista e a sua privatização.

Mas nós sabemos que mesmo depois dessa vitória, diante da Reitoria de Lula e do DCE da Yeda, a nossa mobilização é o único meio de barrar esse projeto e defender a educação. Agora é a hora de armar a resistência estudantil e seguir concretizando a aliança com os trabalhadores e o conjunto dos movimentos sociais.

COLETIVO PODE CHEGAR

Vídeo da REPRESSÃO: http://www.youtube.com/watch?v=GIv9kp15diU

quarta-feira, 10 de março de 2010

Sobre as eleições para Reitor da UFF em 2010

MANIFESTO


Sobre as eleições para Reitor

da UFF em 2010

O começo do ano letivo de 2010 será pautado por um debate muito importante sobre a situação e os rumos da nossa universidade, a UFF, e também, de forma geral, um debate sobre a própria universidade pública brasileira e a sociedade em que vivemos. Foi aberto, desde 23 de fevereiro de 2010, ainda nas férias, o processo de consulta eleitoral para Reitor da UFF no quadriênio 2010-2014. Aliás, o processo denomina-se “consulta para identificação das preferências da comunidade universitária para a escolha de Reitor e Vice-reitor da UFF – quadriênio 2010-2014”, uma consulta, pois o processo eleitoral não se encerra na comunidade universitária, e sim na famigerada lista tríplice da qual o ministro da Educação e o Presidente Lula escolhem o Reitor e Vice-reitor da UFF. Isso mesmo, ainda que o processo eleitoral agora seja paritário, e com todas as limitações desta paridade, continua não sendo um processo plenamente democrático, pois a candidatura “preferida” pela comunidade pode não ser a empossada no final.

Frente a este processo que viveremos na UFF, o coletivo “Não vou me adaptar – UFF” lança este manifesto convidando os movimentos sociais que lutam pela educação, em especial na UFF, em Niterói, e em todas as cidades onde se localizam pólos da UFF, e por extensão em todo o país, a construírem uma candidatura para a disputa deste processo, onde possamos pautar um programa alternativo sobre os rumos da universidade pública brasileira, uma alternativa de programa para enfrentarmos a crise econômica e a crise da universidade pública, uma alternativa ao projeto de expansão do governo (o REUNI) e seus malefícios.

É fundamental a construção de uma candidatura dos movimentos sociais na situação em que vivemos. Na sociedade se aprofunda a falsa polarização entre as alternativas da classe dominante Lula e Serra, além de Marina Silva. A crise econômica, que a campanha da mídia e do Governo insiste em dizer que já acabou, mostra sinais de volta com toda a força, basta ver a crise das dívidas públicas e as quebras ou eminências de quebras de grandes empresas nos países da Europa, como Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda e Itália, onde o desemprego cresce assustadoramente e preparam-se por parte dos Governos e dos patrões grandes ataques aos direitos dos trabalhadores, como a educação e a saúde públicas. No Brasil não é muito diferente, onde o Governo e as empresas seguraram a crise com grandes isenções de impostos e doação de dinheiro público para empresas de um lado, e demissões, reduções de salários e direitos e aumento da exploração do trabalho, horas extras, extensão das jornadas, de outro. E agora, alguém tem que pagar parte desta fatura. O dinheiro público doado tem que sair de algum lugar, e o mais provável é que saia dos orçamentos da educação, saúde e seguridade social públicas, basta ver o projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional, de co-autoria do Governo, que congela os investimentos no orçamento público de custeio (salários do funcionalismo, investimentos em infra-estrutura e expansões) durante os próximos 10 anos, e a consonância desta conjuntura internacional e nacional com projetos de expansões precarizadas como o REUNI nas universidades federais, o IFET nas escolas técnicas federais, o PDE de conjunto para a educação, dentre outros ataques.

Dos tempos de crise, chegamos à crise da universidade pública. Depois de anos e anos de ataques na era FHC, onde o orçamento das universidades federais foi gravemente restringido em meio às pressões de expansão das mesmas (a universidade cresceu na década de 90), num tempo de superlotação de salas de aula (mais estudantes entravam enquanto mais professores saíam, por aposentadoria em especial, e não tinhas estas vagas repostas), crise da infra-estrutura, ataques à assistência estudantil (esta rubrica específica foi suprimida do orçamento geral das universidades). Esta situação de crise chegou aos dias de hoje, em meio a era Lula da Silva. O governo eleito pelas esperanças do povo brasileiro, encabeçado por uma das maiores lideranças operárias da segunda metade do século XX, o metalúrgico das greves do ABC Lula da Silva, foi rapidamente frustrando a maioria, se não a totalidade, destes sonhos. Uma reforma universitária popular, fruto do acúmulo histórico de debates e lutas dos movimentos sociais da Educação, foi um dos sonhos frustrados. O Governo Lula da Silva manteve a essência da política educacional da era FHC, não removendo os vetos ao PNE (Plano Nacional de Educação) da Sociedade Brasileira, por exemplo. Em 2003, a Reforma da Previdência ataca direitos do funcionalismo público, completando os ataques aos direitos que começaram com FHC na iniciativa privada, provocando uma onde de aposentadorias que atingiu fortemente os quadros das universidades federais, agravando a crise já latente no setor.

Em 2007, para sintetizar o projeto do imperialismo para a educação nos países periféricos, o Governo Lula promove o PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) que em seu bojo está o REUNI. O REUNI, este projeto de expansão imposto por decreto pelo Governo, já vem aumentando o número de estudantes nas universidades federais sem o necessário aumento de verbas que apóie a melhoria e expansão de recursos humanos e estruturais das mesmas, promovendo assim uma agudização da crise das universidades, por baixo de uma aparência de democratização da educação superior, que favorece os processos de privatização que correm nas universidades públicas. O decreto do REUNI foi aprovado de forma violenta nas universidades, pois enfrentou a forte resistência da comunidade universitária, que se expressou, por exemplo, na onde de ocupações de Reitoria que animou o movimento estudantil a nível nacional, sendo necessário o uso de força policial e outros métodos autoritários para aprovar nos conselhos superiores o REUNI. Um exemplo foi a atual Reitoria da UFF, de Roberto Salles e Emmanuel que usou por duas vezes a polícia federal para desalojar os estudantes de suas instâncias e moveu o CUV para o Tribunal de Justiça de Niterói para aprovar as escondidas o REUNI.

É HORA DE CONSTRUIRMOS UMA ALTERNATIVA!

Agora começam a aparecer as mazelas deste projeto, na UFF e demais universidades federais. Na UFF, por exemplo, 11 novos cursos estão sendo criados no interior, sem a menor infra-estrutura. Os exemplos maiores são os cursos de Economia, Ciências Sociais e Geografia no Pólo de Campos, onde faltam professores e infra-estrutura básica, os novos estudantes têm de ter aulas no subsolo de uma faculdade particular que a UFF alugou! Em Rio das Ostras a administração quer tomar o prédio da moradia estudantil para transformar em prédio de salas de aula, pois faltam salas e os estudantes têm de ter aulas em salas de lata! Em Niterói, recorre-se ao precário ensino a distância na Letras para dar conta da expansão, torna-se recorrente a falta de salas e professores nos inícios de período, em especial nos cursos de licenciatura, obras estão atrasadas e muito do projeto de expansão física não sairá do papel por falta de dinheiro, comprometendo ainda mais uma expansão que já no início apontava ser sem qualidade, sem dinheiro e sem vergonha!

Em toda esta conjuntura, é fundamental que os movimentos sociais na UFF, em especial, construam um pólo alternativo para polarizar o processo eleitoral e disputar a consciência da comunidade universitária para a grave situação que enfrentamos. Como se não bastasse o REUNI, a farra com o dinheiro público e o dinheiro ilícito de origem privada corre solta na Fundação Euclides da Cunha, se utilizando e privatizando espaços da UFF que é pública! Ou ainda a precarização e ameaças de privatização do HUAP, que correm soltas e só não só piores por conta da resistência dos trabalhadores e estudantes! Isso tudo com as vistas grossas e apoio inerte da Reitoria atual. Os movimentos impuseram a vitória da marcação de um plebiscito sobre os cursos pagos, cujo debate colará com as eleições pra Reitoria. As eleições, aliás, serão paritárias, outra grande vitória. Portanto, é importantíssimo que os movimentos pautem verdadeiramente as eleições e transformem a paridade em vitória real. A assistência estudantil na UFF é uma vergonha: são poucas bolsas para a necessidade, o Bandejão está cada vez mais superlotado, a Moradia anda a passos lentos. A situação específica das mulheres é ainda pior: a creche não atende nem de longe a demanda, as mães estudantes são impedidas até de jantarem com seus filhos no Bandejão! A UFF sequer pauta debates como o racismo e a política de cotas! As coisas vão mal.

Precisamos construir uma candidatura própria, que deve ser independente política e financeiramente do Governo e da burocracia universitária e paute um programa alternativo de lutas e novos rumos para a UFF. Nenhuma outra candidatura que surja pode ser assim, pois surgirá de setores ou da situação ou de oposições que se constroem por dentro da burocracia, portanto comprometidas com os processos da expansão precária e da privatização via Fundação e cursos pagos. Construir uma candidatura não será fácil, mas é necessário, é uma tarefa dos lutadores. A vitória é possível, mas o essencial é polarizar politicamente a universidade neste momento ímpar, para reanimar as lutas e reorganizar os movimentos rumo à derrota dos projetos de precarização e privatização e a construção de outro projeto para a universidade: universidade pública, gratuita e de qualidade, laica, apoiada no tripé ensino-pesquisa-extensão socialmente referenciado, e a serviço dos trabalhadores. Um projeto apoiado no acúmulo histórico dos movimentos sociais, como o Caderno 02 do ANDES-SN ou o PL da Expansão construído por entidades com a ANEL e a Conlutas.

Na construção desta alternativa, a unidade dos lutadores é fundamental, daqueles que têm lutado contra os ataques dos Governos nos últimos anos e não se venderam. É fundamental que os fóruns da ADUFF, do SINTUFF e do DCE-UFF se unifiquem rapidamente, para construirmos um programa e a alternativa, e por esta unidade fazemos este manifesto e este convite! O Coletivo “Não vou me adaptar – UFF” está a serviço da unidade e desta construção! Até a vitória!

· Não ao REUNI de Lula! Pela construção de outra expansão das universidades federais!

· Por mais professores e infra-estrutura! 10% do PIB pra Educação já!

· Pelo fim dos cursos pagos e da FEC!

· Não à privatização do HUAP! Mais verbas pra saúde e educação!

· Universidade pública, gratuita e de qualidade! Direito de todos, dever do Estado!

COLETIVO “NÃO VOU ME ADAPTAR – UFF” – Março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

NOTA DA ANEL SOBRE O NOVO ENEM

Nesta semana os jornais noticiaram o baixíssimo número de matrículas após as duas primeiras etapas de seleção do novo ENEM: 45% das vagas estão ociosas. Há casos escandalosos como o da Universidade Federal de Pelotas na qual 82% das vagas na faculdade de direito não estão preenchidas. A Universidade Federal do Mato Grosso, começou nesta semana as aulas com 2.482 vagas ainda vazias. Só no curso de enfermagem desta instituição, 207 das 265 vagas não foram preenchidas.

É a segunda vez que a prova causa transtorno para as Universidades e para os estudantes. No ano passado, as questões vazaram e o adiamento da prova provocou mobilizações estudantis nas ruas e nos conselhos universitários. O tema volta à tona com o fracasso do Sisu / Novo ENEM no preenchimento das tão almejadas vagas nas Universidades públicas.
O Sistema de Seleção Unificada foi alardeado pelo governo como o fim do vestibular. No entanto, não significou qualquer democratização do acesso. A concorrência é ainda mais agressiva e desigual no Sisu. Os alunos de todos os estados com melhores condições financeiras irão para as melhores Universidades do país, restando aos demais os cursos mais distantes de casa, fora de sua preferência ou até o não ingresso na Universidade.

Além disso, a comunidade acadêmica não foi ouvida. Sem dúvida, aqueles que são responsáveis por todos os aspectos da vida universitária - os professores, estudantes e servidores - têm muito a dizer sobre as formas de ingresso na Universidade. A proposta do Sisu / Novo Enem não passa de uma medida demagógica do governo Lula e é parte da reforma do ensino superior encampada por este governo. Assim como o REUNI, tais projetos avançam na privatização e precarização da Universidade pública brasileira, em nome da pretensa democratização do ensino superior público.

No ano passado, como forma de debater um verdadeiro projeto de expansão e democratização do ensino alternativo ao REUNI, a ANEL apresentou um projeto de Lei que propõe um patamar absolutamente superior de investimentos na educação. A proposta de equiparação do orçamento a 10% do PIB, agregado ao fim da Desvinculação de Receitas da União, traria a um horizonte visível a possibilidade de um salto de qualidade na incorporação da juventude brasileira à educação formal.

As recentes mobilizações da UFC provam que os estudantes podem ser protagonistas da escolha dos rumos da universidade. Por isso, a Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre convida a todos os/as estudantes a se posicionar, exigindo de todas as universidades que não entrem no sistema Sisu / Novo ENEM e defendendo:

Preenchimento imediato das vagas ociosas!
Revogação do Sisu / Novo Enem já!
Não à adesão ao Sisu/Novo ENEM pelas universidades!
Democratizar o acesso expandindo vagas com investimento!
Assistência Estudantil: moradia, bolsa e bandejão para que todos possam estudar!
10 % do PIB para educação!
Pelo verdadeiro fim do Vestibular!