quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Nossa luta é bonita!

Nossa luta é bonita!
A CSP-Conlutas deseja a todos (as) boas festas e um 2011 de vitórias

A CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) encerra o ano desejando boas festas a todos (as) seus integrantes, aos trabalhadores que estiveram na luta este ano. Estamos consolidando a nossa Central em mobilizações importantes dos trabalhadores, dos movimentos populares e estudantil brasileiros, assim como estamos contribuindo em seu processo de organização. Vamos entrar 2011 organizando uma luta nacional com diversos segmentos de luta no país contra o prováveis ataques que virão no governo Dilma Roussef contra os direitos dos trabalhadores, seus salários, direitos e à aposentadoria.

Fizemos uma breve retrospectiva de 2010 e nossas perespectivas para 2011:

(Na foto, crianças do Haiti, que tanto têm sofrido e que por isso mesmo em 2011 continuaremos denunciando sua realidade ao mundo)

Pra relembrar 2010

Janeiro quente... terremoto no Haiti. Campanha de solidariedade, nossa delegação visita o país e denuncia a ocupação militar. Operários das obras de Fortaleza/CE em campanha salarial, ferroviários do Rio Grande do Norte em greve. Em Brasília/DF são retomadas as manifestações pelo “Fora Arruda”.

Fórum Social Mundial... em Salvador/BA e Porto Alegre/RS se prepara o Conclat.

Em Fortaleza/CE a Chapa 2 – Resgate Conlutas vence a eleição no Sindicato dos Rodoviários.

Novas greves... em vários cantos do país, com destaque para os trabalhadores em educação de vários estados.

Luta contra a opressão... é fundado o Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, avança a organização do Movimento Mulheres em Luta.

COBAP e federações de aposentados desafiam o governo e exigem a recomposição das aposentadorias e o fim do fator previdenciário... quem muito já fez, ainda pode fazer mais.

Movimentos populares saem à luta por terra, moradia e contra a criminalização da pobreza.

Nasce a CSP-Conlutas Central Sindical e Popular

No início de julho, Santos/SP,em um congresso com mais de mil pessoas.

Bom... é verdade que o nome só foi decidido na primeira reunião da Coordenação Nacional. O desfecho do Congresso não foi o desejado por ninguém. Mas os setores que encararam o desafio de construir a unidade do movimento sindical e popular, junto com a estudantada combativa e os movimentos classistas de luta contra a opressão seguiram em frente, consolidando a nova entidade e pelejando pela unidade dos setores combativos na mesma Central.

Pausa para Dunga e o fiasco da Copa do Mundo. É... ninguém botava muita fé no estilo do homem mesmo!

Um segundo semestre de tirar o fôlego... 10 de agosto: dia nacional de mobilização, campanhas salariais, jornada de luta do movimento popular, campanha contra os despejos, eleições sindicais, outras greves, congressos de categorias, plebiscito pelo limite da propriedade da terra, ato em defesa da liberdade sindical e do ANDES, semana de luta contra as opressões...

A Europa fervilha... a Central leva solidariedade aos trabalhadores franceses e espanhóis. Nas ruas de Paris, Madri, Barcelona, Atenas, Roma, Lisboa, Londres se decide o futuro. A crise do capitalismo, jogada nas costas de trabalhadores, jovens, mulheres e imigrantes se enfrenta com as lutas de resistência.

Fórum Social da Educação na Palestina; nasce uma nova central sindical combativa no Paraguay; em Buenos Aires a ANEL presente nas passeatas estudantis.

Metroviários de São Paulo: unidade da esquerda classista, vitória da Oposição.

Dilma vence... novas reformas contra nossa classe a caminho. A crise econômica internacional se agrava.

Brasília, novembro... nossa Central, a COBAP e o FST lançam o chamado a organizar um espaço unitário de mobilização e luta contra os já anunciados ataques do governo e do patronato.

No Rio de Janeiro, o braço armado do Estado sobe o morro: “Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo, sem saber o calibre do perigo, eu nem sei d`aonde vem o tiro!”

Uma reunião unificada nacional ocorreu em 25 de novembro com a presença de diversas entidades e movimentos. O objetivo foi preparar a resistência para os prováveis ataques aos trabalhadores e as aposentadorias que devem ocorrer no governo Dilma Rousseff (PT).

Dezembro... um baile!!! Chapas sindicais combativas, encabeçadas por militantes da CSP-Conlutas vencem as eleições nos sindicatos do funcionalismo municipal de Teresina/PI, do judiciário estadual de Pernambuco e do processamento de dados em Santa Catarina!

Hora de colocar a mensagem de final de ano na página da internet.

E cada um, do seu jeito, vai parar para fazer o balanço da temporada. Preparar os rituais! Celebrar, revigorar as forças, ganhar alento para as batalhas do ano que virá.

Com os velhos e os novos amigos que chegaram para ficar. Com o exemplo de quem demonstrou força de vida para ultrapassar o que parecia intransponível.

Mas também com ausência, com vazio. Com a dor da inesperada, cruel, às vezes revoltante partida sem volta de alguns irmãos e irmãs.

Mas acima de tudo com uma certeza: sim, tem valido a pena!

Nossa luta é bonita...

Que venha 2011.

Fonte: http://www.conlutas.org.br/site1/exibedocs.asp?tipodoc=%20noticia&id=%205770

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Campanha urgente!
Recolher assinaturas contra o aumento de 62% aprovado pelos parlamentares

A CSP-Conlutas recolherá assinaturas em todo o país contra o aumento abusivo aprovado pela Câmara dos Deputados e Senado

Não podemos aceitar o aumento aprovado pelo Congresso Nacional para o Legislativo e Executivo. A aprovação desse Projeto de Lei vai representar um reajuste de 61,83% no salário dos senadores e dos deputados federais, de 133,96% para o salário do presidente da República e de 148,63% no do vice-presidente e dos ministros. Aumentos que nenhum trabalhador conseguiu nesse periodo.

Esse reajuste inaceitável para a esfera federal será estendido para as esferas estaduais e municipais, ou seja, vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, deputados estaduais, governadores e seus vices.

Esse escândalo torna-se ainda maior quando observamos que os mesmos parlamentares querem reajustar o salário mínimo em R$ 30 em 2011. São eles também que defendem arduamente congelar o salário do funcionalismo federal por dez anos e dizem que dar reajuste aos aposentados superior à inflação vai quebrar a previdência. Os argumentos são a falta de recursos e a tal da austeridade fiscal.

É necessário repudiar essa atitude abusiva dos parlamentares urgentemente. A CSP-Conlutas está encaminhando um abaixo-assinado eletrônico. Envie o texto abaixo para toda a sua lista e depois a envie para secretaria@cspconlutas.org.br

Abaixo-assinado eletrônico

A Câmara de Deputados e o Senado Federal aprovaram, nesta quarta-feira (15), um Projeto de Lei que aumenta os salários dos próprios deputados e senadores, dos ministros do Estado, do vice-presidente e do presidente da República para R$ 26.723,13, valor igual ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, teto salarial dos servidores públicos.

Os reajustes variam de 62% a 148%, índices que nenhuma categoria profissional teve direito.

Ou seja, nesse caso, o chamado “equilíbrio das contas públicas”, argumento utilizado para não conceder um reajuste digno do salário mínimo, aposentadorias e pensões não é aplicado para os próprios membros do Executivo e Legislativo.

Essa decisão é um desrespeito com os trabalhadores e com a sociedade brasileira, ainda mais se observarmos que na proposta de orçamento em discussão para 2011, o reajuste previsto para o salário mínimo é de míseros R$ 30,00.

Apesar de ter sido vergonhoso, o aumento contou com o apoio do presidente Lula e da presidente eleita, Dilma Rousseff, e com a aprovação da ampla maioria dos partidos e parlamentares.

Fazemos um chamado a todos os trabalhadores a se manifestarem contra este aumento absurdo. Fazemos um chamado às centrais a denunciar esse escândalo e exigir aumento geral dos salários.

- Revogação imediata do reajuste concedido aos deputados, senadores, ministros, vice-presidente e presidente da República

- Aumento aos aposentados!

- Fim do fator previdenciário!

- Não à reforma da previdência!

- Dobrar imediatamente o valor do salário mínimo!


Fonte: http://www.conlutas.org.br/site1/exibedocs.asp?tipodoc=%20noticia&id=%205749

sábado, 11 de dezembro de 2010

Repercussão do assalto ao Bandejão da UFF

A notícia do assalto ao Bandejão da UFF, na última quinta-feira, dia 09 de dezembro, repercute na imprensa digital e, provavelmente, escrita. Vejam...

O Globo Niterói: http://oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2010/12/10/homem-armado-assalta-secretaria-do-bandejao-da-uff-348417.asp
O Globo Educação: http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2010/12/10/bandejao-da-uff-assaltado-923241841.asp
O Fluminense: http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/policia/estudantes-denunciam-assalto-no-bandejao-da-universidade-federal-fluminense
SRZD: http://www.sidneyrezende.com/noticia/112715
G1: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/12/bandejao-da-uff-e-assaltado-em-niteroi-no-rj.html
Jornal do Brasil: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2010/12/10/bandejao-da-uff-e-assaltado-por-homem-armado/
R7 (é da Record): http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/ladrao-leva-r-1-5-mil-de-bandeijao-da-uff-em-niteroi-20101210.html
Portal Terra: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4837372-EI5030,00.html
Central Blogs: http://noticias.centralblogs.com.br/post.php?href=bandejao+da+uff+e+assaltado+nesta+quinta&KEYWORD=10743&POST=3951531
MS Notícias: http://noticias.meu-site.net/index.php/2010/12/bandejao-da-uff-e-assaltado/137555/
AME-PE: http://www.aoss.org.br/forum/index.php?showtopic=92330
Contacto Latino News: http://contacto-latino.com/news/1115076/bandejao-da-uff-e-assaltado-o-globo/
Keegy Brazil: http://br.keegy.com/post/bandejao-da-uff-e-assaltado/
Notícias Bolivianas: http://www.noticiasbolivianas.net/2010/12/bandejo-da-uff-e-assaltado/
Cafe das Quatro: http://www.cafedasquatro.com.br/Noticia.aspx?codMateria=45067
Rio News: http://rionews.ws/index/?p=13170
News Gula: http://newsgula.com/noticia/show/bandejao-da-uff-e-assaltado-em-niteroi-no-rj-10_12_2010
Blogosfera: http://blogosfera.us/2010/12/10/bandejao-da-uff-e-assaltado/
TV Estilo: http://www.tvestilo.com.br/G1/bandejao-da-uff-e-assaltado-em-niteroi-no-rj/
Web Libre: http://vestibular.weblibre.com.br/bandejao-da-uff-e-assaltado-em-niteroi-no-rj/

No twitter: http://topsy.com/extra.globo.com/geral/casodepolicia/posts/2010/12/10/bandejao-da-uff-assaltado-cameras-flagram-acao-348324.asp

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Assalto no Bandejão da UFF

Assalto no Bandejão da UFF
O problema da segurança no campus universitário

ANEL exige mais investimentos numa expansão com qualidade! Mais verbas para a segurança nas universidades!

Nesta quinta-feira, 09 de dezembro de 2010, por volta das 16 horas, um homem armado entrou no campus da UFF, em Niterói, Rio de Janeiro, e assaltou a secretaria do Bandejão, levando cerca de 1,5 mil reais da venda de tickets. Este evento não surpreende mais os estudantes da UFF, e provavelmente a nenhum estudante de universidade pública no Brasil. Foi só mais um evento violento, que é recorrente nos campi. A violência é comum nos campi da UFF: assaltos a mão armada no campus, furtos a carros nos estacionamentos e mesmo nas salas de aula e corredores. Há tempos atrás, inclusive, verdadeiros saques foram perpetrados contra o patrimônio universitário, como no caso dos roubos de equipamentos didáticos da Faculdade de Educação da UFF.

Uma realidade de precarização nacional
Estes lamentáveis eventos são comuns aos estudantes, professores e funcionários de todas as universidades públicas do país. Não é um problema só da UFF. Os assaltos, furtos, e até estupros se alastram pelos campi: na UFPR, áreas sem iluminação do campus aumentam os perigos; na UFRJ até em sala de aula os estudantes e professores já foram assaltados a mão armada; na UFPA e na Rural do Rio os casos de estupros tiram a tranqüilidade das estudantes que transitam pelo campus.

Estes problemas têm culpados: as Reitorias e os governos. Primeiro, pela conivência, fruto da omissão neste assunto, pois no geral as instâncias governamentais não avançam em políticas para além de câmeras e muros nos campi, o que não resolve os problemas, como a realidade nos mostra (a UFF mesmo é murada e possui monitoramento por câmeras). Segundo, porque a (des)política de segurança é fruto dos sucessivos cortes de verbas na educação que sucateiam-na de conjunto, inclusive no quesito “segurança”: ao longo do tempo foram extintos e não-renovados por concurso os cargos de funcionários nesta área, e em outras; apostou-se na política de terceirizações, que não resolveram os problemas pois, além dos trabalhadores-seguranças terceirizados receberem salários muito baixos, trabalham em péssimas condições e sem a devida qualificação e segurança, ainda por cima a segurança no campus normalmente é voltada para o patrimônio, deixando de lado a segurança das pessoas que freqüentam o campus universitário.

E com a expansão precária que as universidades vivem agora, estes problemas tendem a se agravar, pois não há verbas suficientes para uma expansão com qualidade: a criação desenfreada de vagas não está acompanhada de investimentos que garantam a qualidade, como concursos suficientes de professores e funcionários, assistência estudantil, ampliação e modernização da infra-estrutura para todos. E também, claro, falta dinheiro para políticas de segurança!

A ANEL defende uma expansão com qualidade! Que inclua investimentos em segurança democrática!
Frente à esta realidade de precarização nas universidades, a ANEL defende um programa que garanta a segurança no campus universitário e, ao mesmo tempo, a integração da universidade com a sociedade. Não queremos uma universidade murada, entrincheirada contra o que a rodeia, pelo contrário, queremos que a população tenha acesso ao patrimônio do conhecimento produzido nas universidades, como bibliotecas, museus, cursos e projetos de extensão, e por aí vai. E que este acesso possa se dar com segurança!

Defendemos o fim da terceirização, com a incorporação dos quadros de trabalhadores existente hoje ao funcionalismo público; abertura de concurso público para ampliação dos quadros ligados à segurança; boas condições de trabalho, qualificação e valorização salarial; conselhos sobre segurança nos campi que integre no mínimo de forma paritária estudantes, professores, funcionários e membros da sociedade. E para garantir este projeto, integrado a uma expansão com qualidade das universidades, mais verbas para a educação!


Fonte: http://anelrj.blogspot.com/

Assalto no Bandejão da UFF

Assalto no Bandejão da UFF

O problema da segurança no campus universitário

ANEL exige mais investimentos numa expansão com qualidade! Mais verbas para a segurança nas universidades!

Nesta quinta-feira, 09 de dezembro de 2010, por volta das 16 horas, um homem armado entrou no campus da UFF, em Niterói, Rio de Janeiro, e assaltou a secretaria do Bandejão, levando cerca de 1,5 mil reais da venda de tickets. Este evento não surpreende mais os estudantes da UFF, e provavelmente a nenhum estudante de universidade pública no Brasil. Foi só mais um evento violento, que é recorrente nos campi. A violência é comum nos campi da UFF: assaltos a mão armada no campus, furtos a carros nos estacionamentos e mesmo nas salas de aula e corredores. Há tempos atrás, inclusive, verdadeiros saques foram perpetrados contra o patrimônio universitário, como no caso dos roubos de equipamentos didáticos da Faculdade de Educação da UFF.

Uma realidade de precarização nacional

Estes lamentáveis eventos são comuns aos estudantes, professores e funcionários de todas as universidades públicas do país. Não é um problema só da UFF. Os assaltos, furtos, e até estupros se alastram pelos campi: na UFPR, áreas sem iluminação do campus aumentam os perigos; na UFRJ até em sala de aula os estudantes e professores já foram assaltados a mão armada; na UFPA e na Rural do Rio os casos de estupros tiram a tranqüilidade das estudantes que transitam pelo campus.

Estes problemas têm culpados: as Reitorias e os governos. Primeiro, pela conivência, fruto da omissão neste assunto, pois no geral as instâncias governamentais não avançam em políticas para além de câmeras e muros nos campi, o que não resolvem os problemas, como a realidade nos mostra (a UFF mesmo é murada e possui monitoramento por câmeras). Segundo, porque a (des)política de segurança é fruto dos sucessivos cortes de verbas na educação que sucateiam-na de conjunto, inclusive no quesito “segurança”: ao longo do tempo foram extintos e não-renovados por concurso os cargos de funcionários nesta área, e em outras; apostou-se na política de terceirizações, que não resolveram os problemas pois, além dos trabalhadores-seguranças terceirizados receberem salários muito baixos, trabalham em péssimas condições e sem a devida qualificação e segurança, ainda por cima a segurança no campus normalmente é voltada para o patrimônio, deixando de lado a segurança das pessoas que freqüentam o campus universitário.

E com a expansão precária que as universidades vivem agora, estes problemas tendem a se agravar, pois não há verbas suficientes para uma expansão com qualidade: a criação desenfreada de vagas não está acompanhada de investimentos que garantam a qualidade, como concursos suficientes de professores e funcionários, assistência estudantil, ampliação e modernização da infra-estrutura para todos. E também, claro, falta dinheiro para políticas de segurança!

A ANEL defende uma expansão com qualidade! Que inclua investimentos em segurança democrática!

Frente à esta realidade de precarização nas universidades, a ANEL defende um programa que garanta a segurança no campus universitário e, ao mesmo tempo, a integração da universidade com a sociedade. Não queremos uma universidade murada, entrincheirada contra o que a rodeia, pelo contrário, queremos que a população tenha acesso ao patrimônio do conhecimento produzido nas universidades, como bibliotecas, museus, cursos e projetos de extensão, e por aí vai. E que este acesso possa se dar com segurança!

http://coletivopagas.files.wordpress.com/2009/11/logo_anel2.jpg Defendemos o fim da terceirização, com a incorporação dos quadros de trabalhadores existente hoje ao funcionalismo público; abertura de concurso público para ampliação dos quadros ligados à segurança; boas condições de trabalho, qualificação e valorização salarial; conselhos sobre segurança nos campi que integre no mínimo de forma paritária estudantes, professores, funcionários e membros da sociedade. E para garantir este projeto, integrado a uma expansão com qualidade das universidades, mais verbas para a educação!

Bandejão da UFF é assaltado nesta quinta (09/12)

Bandejão da UFF é assaltado nesta quinta

Redação SRZD | Rio+ | 09/12/2010 21h38

Homens armados assaltaram nesta quinta-feira a secretaria do bandejão da Universidade Federal Fluminense (UFF), no campus Gragoatá, em Niteroi, na Região Metropolitana do Rio.

Os assaltantes entraram e foram direto ao caixa, ameaçando os funcionários que estavam no momento. A quantia levada pelos assaltantes ainda não foi divulgada pela reitoria, mas acredita-se que os ladrões possam ter lavado em torno de R$ 10 mil.

Estudantes dizem que o assalto no Bandejão não foi o primeiro evento violento no campus, e que outros assaltos a pessoas e a carros já aconteceram.

Fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/112715

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Estudantes denunciam assalto na Universidade Federal Fluminense

Por: Rodrigo Rebechi 09/12/2010

Dois homens armados teriam invadido a secretaria do bandejão no campus Gragoatá. Criminosos teriam levado R$ 10 mil em dinheiro e ameaçado os funcionários do setor

Dois homens armados teriam invadido a secretaria do bandejão da Universidade Federal Fluminense (UFF), situada no Gragoatá, por volta das 16h desta quinta-feira. Além de levarem R$ 10 mil em dinheiro, os suspeitos teriam ameaçado os funcionários do setor. O registro teria sido feito na Delegacia de Polícia Federal, que até às 22h desta quinta não havia confirmado o crime. Segundo um estudante de Geografia que preferiu não se identificar, o assalto não surpreende ninguém.

“A UFF, assim como outras universidades, vive problemas muito sérios ligados a falta de verbas e à segurança nos campi, tudo fruto de omissão e políticas irresponsáveis por parte da Reitoria e do governo federal”, disse.

Outro aluno, do curso de Serviço Social, que também preferiu o anonimato, critica a política da universidade. “A política de cortes de verbas é a regra do tratamento da educação pelo governo federal. Os problemas de segurança são mais um de uma série crescente de problemas. A expansão de vagas sem verbas suficientes só pressiona estas questões, como as próprias filas cada vez maiores no Bandejão, e a impossibilidade de investimento na segurança, pois a UFF tem que optar no que investir, porque não há verbas para tudo necessário”, afirmou o estudante.

A assessoria de imprensa da universidade alegou desconhecer o assalto, mas disse que irá apurar os fatos nesta sexta-feira.

Fonte: http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/policia/estudantes-denunciam-assalto-no-bandejao-da-universidade-federal-fluminense

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Educação: avanços e retrocessos do governo Lula

A expansão das universidades federais não impediu o crescimento do ensino superior privado e nem a mercantilização da formação. Entrevistas com Moacir Gadotti (Instituto Paulo Freire), Roberto Leher (UFRJ), Augusto Chagas (UNE), Camila Lisboa (Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre), Clara Saraiva (Anel), Lisete Arelaro (USP). Ilustrações: Carvani
Por Gabriela Moncau e Otávio Nagoya

Encerrado o ciclo de oito anos do governo Lula da Silva, se faz necessário voltar o olhar para as políticas implementadas em âmbito federal a fim de se estabelecer um balanço crítico e embasado a respeito dos avanços e retrocessos do período. No que se refere à política educacional, o governo do PT pôs em prática uma série de mudanças significativas como o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o Novo Enem, o acréscimo de um ano no ciclo do ensino fundamental, a Reforma Universitária que engloba programas e medidas provisórias como o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), o Programa Universidade para Todos (PROUNI), o Ensino à Distância, entre outras, que merecem ser destrinchadas.


Dentre as diferentes avaliações sobre a educação brasileira, uma parece ser consenso: o governo Lula avançou em relação ao governo Fernando Henrique Cardoso (FHC). “Lula avançou bastante em comparação às políticas anteriores. Em primeiro lugar, no acesso ao ensino superior, a expansão das universidades públicas e federais foi extraordinária. O acesso ao ensino médio foi extraordinário também”, relata Moacir Gadotti, presidente do Instituto Paulo Freire.


Em contraposição, para Roberto Leher, docente da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), houve um avanço explosivo do setor privado da durante os últimos oito anos: “Quando FHC concluiu o seu mandato, tínhamos aproximadamente 30% das matrículas no setor público e agora temos em torno de 24%”. Porém, o professor acredita que antes de fazer um balanço do governo Lula, é necessário contextualizar a realidade brasileira com a educação mundial que, para ele, tem substituído seu papel de produção de conhecimento para simplesmente formar uma força de trabalho mais flexível e desregulamentada. “O padrão de educação superior foi mundializado e chegou ao Brasil. Esse padrão compreende, de fato, que a educação é um negócio. Pode ter alguma regulamentação, mas é um campo aberto para lucro”, define.


FinanciamentoDurante a década de 1990, os administradores do Estado brasileiro afirmavam que o problema da educação estava relacionado com má organização de gestão. Essa ideia, que permaneceu durante a década de 2000, é rechaçada pelos educadores. O movimento de educação afirma que o maior problema da área é o baixo financiamento. Durante os últimos 20 anos, a parcela do Produto Interno Bruto (PIB) destinada à educação se manteve em torno de 4%. Em 2000, FHC aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE) que, devido à pressão do movimento social de educação, institui que 7% do PIB sejam destinados à educação pública. FHC, no entanto, vetou esse artigo, mantendo os 4%.


A grande esperança dos movimentos de educação com o Governo Lula era a retirada do veto, aprovando 7% do PIB para educação. Segundo Moacir Gadotti, a não retirada do veto por parte de Lula “é uma das reclamações que fazemos, mas ele fez intermediações e pôs um prazo para aumentar. Além disso, triplicou o orçamento do MEC, isso é uma vantagem.” Augusto Chagas, 28 anos, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e estudante de Sistemas de Informação na Universidade de São Paulo (USP), compartilha a opinião de Gadotti: “Temos uma marca muito expressiva que é o aumento real de financiamento da educação nesse período. Em 2002, o orçamento do MEC era de R$20 bilhões, hoje é de R$ 70 bilhões”.


Os setores mais críticos ao Governo Lula apontam que o maior financiamento na educação se deve ao ciclo expansivo da economia brasileira, que ocorreu entre 2005 e 2008. “Não foi um aumento em termos relativos, mas sim em termos absolutos em relação aos gastos da união, que permaneceram os mesmos 4% do governo FHC”, destaca Leher. Para Camila Lisboa, 26 anos, estudante de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da Comissão Executiva Nacional da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (Anel), o investimento destinado para a educação não é suficiente, já que “o governo gastou 36% do orçamento de 2009 com os títulos da dívida pública. Ao longo dos 8 anos do governo Lula os lucros dos empresários e banqueiros aumentaram 400%”. Também integrante da Comissão Executiva Nacional da Anel, a estudante de Serviço Social de 23 anos Clara Saraiva aponta que o investimento educacional de Lula sofre mudanças de acordo com a situação econômica. “No auge da crise econômica, em 2009, o governo também cortou mais de R$1 bilhão para a educação”, completa.


Um país analfabeto

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais é de 9,8% da população, correspondendo a cerca de 19 milhões de analfabetos. Comparado a alguns de nossos vizinhos latino-americanos, estamos bastante atrasados: segundo levantamento de 2007, feito pela Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade), em Cuba a porcentagem é 0,2%, no Uruguai é 1,9% e na Argentina, 2,8. Não à toa, a professora da Faculdade de Educação da USP e pesquisadora na área de política educacional Lisete Arelaro destaca a educação de jovens e adultos, particularmente no que tange a alfabetização, como “uma das grandes decepções em relação ao governo Lula. É uma dívida social e que se esperava que pudesse ter sido enfrentada em outro patamar de qualidade”.


Para Moacir Gadotti, a alfabetização de jovens e adultos representou uma lacuna no governo Lula, “faltou um plano nacional de erradicação do analfabetismo. Aliás, hoje nós temos o mesmo número e analfabetos que tínhamos quando Paulo Freire foi exilado, em 1964.”. Gadotti conta que, no início do mandato petista, Cristovam Buarque foi nomeado Ministro da Educação e criou uma Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo. Ainda em 2003, foi inaugurado o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), com a promessa de erradicar o analfabetismo em quatro anos. No mesmo ano, Buarque é substituído por Tarso Genro e a política de alfabetização é abandonada. “Tarso Genro extinguiu a secretaria e se focou mais na universidade. Em 2005, entra o Fernando Haddad, continuando a política do Genro”, conclui Gadotti.

Fonte: http://anelivre.blogspot.com/2010/12/deu-na-imprensa-anel-na-caros-amigos.html